Atualização dos casos confirmados e dos eixos principais de dispersão do coronavírus com variação do dia 05 ao dia 08 de abril, nos municípios do estado de São Paulo.
Casos confirmados, rotas principais, eixos de dispersão do coronavírus, índice de envelhecimento populacional no estado de São Paulo. Este mapa destaca também a movimentação do vírus rumo ao interior do estado à noroeste e à oeste, regiões com as maiores taxas de idosos no estado
Este mapa nos ajudar a compreender a movimentação do novo coronavírus dentro dos espaços e entre eles. As manchas em amarelo correspondem às luzes, predominantemente, das cidades e o tamanho da mancha tem a ver com o porte da cidade ou das cidades. As linhas em cinza claro e com diferentes espessuras indicam as vias que conectam as cidades de diferentes níveis de importância, tal como entre São Paulo e as capitais regionais, bem como entre as capitais regionais até acontecer a conexão entre os vilarejos. No momento, o maior número de casos confirmados com o novo coronavírus segue toda a linha diagonal que passa por Santos - São Paulo - Campinas - Piracicaba - Araraquara - Ribeirão Preto - São José do Rio Preto. Esses são os locais com concentração de renda per capta mais elevada (conforme levantamento do IBGE, em 2010) indicada nos polígonos com cores em amarelo acinzentado (a renda mais alta). Há uma correlação entre cidades de maior porte com as vias de maior porte e com a renda média per capta nesses locais em que o coronavírus circula com maior velocidade. O inverso também acontece, pois até o momento, o novo coronavírus ainda não atingiu com a sua força a porção que faz a ligação entre Dracena - Presidente Prudente - Assis - Ourinhos e o Vale do Ribeira (ex.: Itapeva e Ilha Comprida).
A composição desse mapa revela numa única representação gráfica a síntese do perverso processo de difusão em marcha no território paulista. Em primeiro plano, as luzes das cidades registradas por satélites em rota noturna, conectadas em rede pela malha rodoviária. Sob essa camada, os dados proporcionais da COVID-19 pelos municípios do Estado de São Paulo. Observe que nas áreas mais escuras, onde se localizam os municípios rurais, há poucos casos da doença. O Prof Milton Santos chamaria esse processo de "os espaços luminosos e a COVID-19".
Na sequência dos dois mapas, você pode observar a evolução da covid-19 em São Paulo no dia 27 de abril e no dia 25 de maio. A composição desses mapas revelam numa única representação gráfica a síntese do perverso processo de difusão em marcha no território paulista. Em primeiro plano, as luzes das cidades registradas por satélites em rota noturna, conectadas em rede pela malha rodoviária. Sob essa camada, os dados proporcionais da COVID-19 pelos municípios do Estado de São Paulo. Observe que o número de áreas mais escuras do mapa mais recente é bem menor que o número de áreas mais escuras no mapa do mês de abril. Onde se localizam os municípios rurais pode-se notar que no mês de abril haviam poucos casos da doença, mas agora os números estão espalhados por praticamente todo o estado.
"A COVID-19 e as centralidades urbanas". As circunferências em vermelho escuro mostram proporções de números de casos com o novo vírus. As linhas em verde mostram a rede de deslocamentos de serviços de saúde de baixa, média e alta complexidade; as centralidades pelas linhas convergentes em verde correspondem, predominantemente, os locais que recebem maior demanda de outras cidades, tal como Barretos e de Maringá. Os pontos em azul representam as localizações de aeroportos nacionais e internacionais (partindo da cidade de São Paulo). As cidades de São Paulo, Barretos e Belo Horizonte são destacadas por serem centralidades que atendem aos serviços de saúde de alta complexidade, seguidos do Rio de Janeiro, Curitiba e Campinas, e assim por diante em termos de 'importância'. Este mapa permite que vejamos o estado de São Paulo e arredores sob estas três temáticas. As centralidades urbanas, em suas respectivas importâncias, parecem se apresentar como os próximos focos da COVID-19 pelo interior dos estados. Regiões como o noroeste do estado de São Paulo, noroeste do estado do Paraná e Belo Horizonte serão, possivelmente, localidades com alta densidade de casos.
As manchas em roxo e as linhas em azul mostram a taxa de óbito pelo novo coronavírus - é a mesma informação retratada de dois modos diferentes. A atmosfera terrestre em tons de branco e de azul no formato de arco destaca uma parte da forma do planeta. O globo terrestre em preto representa o terreno vazio no plano do luto, dos óbitos. O roxo transmite a sensação de tristeza mas, também, de contato com a espiritualidade. A aspereza das linhas azuis cria uma sensação de desconforto, mas que é necessária por conta das perdas. As alturas das linhas azuis que irradiam da superfície terrestre representam as proporções de óbitos. O contato das linhas azuis com a superfície preta indica contato com a Terra e a inclinação das linhas azuis (percebida por conta da perspectiva) indica movimento. O contato e o movimento dão a ideia de que partem da Terra. Ao mesmo tempo em que o azul se torna mais frio quando está inserido sobre o preto, os feixes em azul direcionados aos 'céus' se voltam para algum lugar de esperança no pós morte.
Parte da nossa pesquisa de geovisualização no mapeamento do novo coronavírus com o uso de diferentes técnicas de representação cartográfica que estimulam o pensamento visual e possibilitam aumentar o conhecimento sobre determinados aspectos do comportamento do vírus ao longo do espaço.
Este mapa é uma representação cartográfica coroplética bivariada, relacionando casos confirmados de Covid-19 até 04 de julho com a taxa de envelhecimento dos municípios. A partir dessas relações, é possível identificar a presença de aglomerados de municípios na região noroeste e centro oeste em que altas taxas de casos confirmados acontecem em locais com as maiores taxas de envelhecimento. Porções das regiões noroeste, centro oeste e oeste do estado são os locais onde as taxas de envelhecimento são as maiores. As porções onde há maiores concentrações de riqueza ainda continuam sendo os locais em que o novo coronavírus mais atinge, em termos de valores brutos, além de Presidente Prudente. Ao redor da cidade de São Paulo, percebe-se taxa de COVID 19 alta e índice de envelhecimento baixo. Ao lado esquerdo de Tupã, percebe-se taxa de envelhecimento alta e taxa de COVID 19 baixa. Em Presidente Prudente, percebe-se taxa de COVID 19 quase alta e taxa de envelhecimento alta. Obs.: (1) o Quantil foi a técnica de classificação dos dados para o índice de envelhecimento e a taxa de casos confirmados; (2) 15 municípios, com população ente 1.791 e 5980, não tinham casos notificados de covid 19 e, para efeitos de comparação entre diferentes camadas de dados, para cada um desses municípios foi adicionado o valor de 1 caso confirmado.
Este mapa representa os cem mil óbitos causados pela COVID-19, até o dia 09 de agosto. A simbolização tem origem na sede do município e desce como a lágrima das vítimas, famílias, amigos e demais que se compadecem de alguma maneira pelo sofrimento dessas pessoas.
Este mapa representa o número de óbitos causados pela COVID-19 nos municípios do estado de São Paulo, até o dia 26 de setembro de 2020. Foi calculado o centro médio ponderado dos óbitos, bem como a elipse direcional que representa a tendência dos óbitos - o eixo principal está orientado para o noroeste do estado de São Paulo. 68% dos óbitos estão localizados no interior da elipse.
Este mapa representa 150 mil mortes pela COVID-19, no Brasil, até o dia 10 de outubro de 2020. A simbolização com a ideia do sangue representa as lutas perdidas para o vírus. Esses símbolos têm origem na sede de cada município, escorrem e ultrapassam limites. A técnica de simbolização utilizada é a de figuras proporcionais porque preserva as devidas proporções entre os símbolos no mapa e garante relações de proporções desses símbolos com os números de ocorrências no mundo real. Nós lamentamos as mortes dessas pessoas.
Este mapa coroplético destaca a taxa de casos confirmados até o dia 10 de outubro. Em escala nacional, mostra que as maiores taxas estão para o Norte do país, bem como para algumas porções do Nordeste e com destaque para o Maranhão, o que nos faz lembrar da pesquisa feita pelo Colégio Imperial de Londres que apontou o Maranhão como um dos estados brasileiros que mais seria afetado pela COVID-19. Em termos de taxa (número de pessoas infectadas pelo número de habitantes em cada município), portanto, o mapa parece mostrar uma constatação a respeito da predição feita pelos pesquisadores britânicos.
Mapa que representa 1.116.127 casos confirmados com a COVID-19 nos municípios do estado de São Paulo até o dia 31 de outubro de 2020. Este Mapa de Densidade de Pontos mostra a distribuição das ocorrências de forma aleatória no interior de cada polígono.
Até este primeiro dia de novembro, foi registrado um total de 160.104 mortes pela COVID-19, no Brasil. Nesta véspera do Dia de Finados, nós representamos os óbitos causados pela COVID-19 a partir de uma outra perspectiva. Utilizamos um símbolo cartográfico que representa o número de óbitos e ao mesmo tempo se insere no contexto de uma ideia que tem valor simbólico, neste caso a do luto, e isto foi feito por meio da cruz que é um símbolo do cristianismo.